31.7.05

Qual sua vocação?

E curioso o que pode acontecer se ao lhe perguntarem o que você faz, você responder que não tem uma profissão e que não trabalha, que também não é um estudante em sentido estrito e que seus pais não são ricos, mesmo que essa conversa se dê através de um bate-papo na Internet com pessoas que você jamais viu e provavelmente jamais verá novamente.

Rapidamente se forma uma manifestação do corpo social do bate-papo, como se fossem anti-corpos atacando a um micróbio, primeiro numa busca frenética de conversão da ovelha desgarrada à ética do trabalho e depois em um esforço dissimulado para afastar o inímigo comum, que de vagabundo passa num instante a delinquente.

É impressionante como está cristalizada a idéia que para existir é necessário se submeter ao trabalho, de forma que ou se é patrão, ou se é empregado, ou se é profissional liberal, mas é preciso se ter uma profissão.

Se não se nasce rico para se ser dono, então sendo dono de seu corpo é única opção arrendar-lhe aos que precisam dele para a produção, claro que há as pessoas que passam de uma função a outra, essas cumprem a função especial de legitimar o sistema.

Não é permitido se ser dono simplesmente do próprio corpo, sem lhe arrendar a quem dele precisa, mesmo que esse alguém queira lhe pagar muito menos que seu corpo vale, só por que há outros tantos corpos disponíveis, não é permitido que se usufrua do próprio corpo em benefício próprio.

Deve ser por isso que não se pode matar a si mesmo, que não se pode maltratar o próprio corpo, pois o corpo deve estar em bom estado para que seja produtivo. Deve ser por isso que não se permite fazer usos indevidos do corpo, por deve permanecer dígno de uso.

Foi com a invenção do fuzil que o corpo ficou importante? Houve algum momento em que quase não tinha valor, mas com a invenção do fuzil, o custo de um soldado aumentou muito, uma vez que não era tão simples manejar o fúzil quanto era a lança ou a espada, sendo assim não se podiam disperdiçar corpos como antes, pois mesmo que fossem baratos, demoravam a manejar o fuzil com habilidade.

Por que o corpo é ainda importante? Por que não se permite que se faça ao próprio corpo o que se deseja? Por que para se existir há de se exercer uma profissão? E se os impérios contemporâneos caissem como caiu o Império Romano no passado e uma nova "Idade Média" se instaurasse o que você faria?

30.7.05

Lula não cai, pode até balançar, mas não cai

A maioria dos brasileiros não tem consciência da diferença entre o conceito de democracia para os brasileiros e para os estadunidenses. Sempre se pensa que uma palavra com uma mesma etimologia e significado em sentido lato remete à mesma idéia em qualquer lugar e em qualquer tempo, mas esse não é o caso.

Para Chomsky (1989), democratizar a mídia representa duas idéias diferentes, baseadas em diferentes conceitos de democracia, para brasileiros e para estadunidenses:

"For then [brazilian bishops], democracy means that citizens should have the oportunity to inform thenselves, to take part in inquiry and dicussion and policy information, and to advance their programs through political action. For us [at USA] democracy is more narrowly conceived: the citizen is a consumer, an observer but not a participant. The public has the right to ratify policies that originated elsewhere, but if the limits are exceeded, we have not a democracy, but a 'crises of democracy', which must somehow be resolved."

Ou seja, conceituralmente no Brasil se compreende democracia como a participação na definição de políticas e do governo em si e nos Estados Unidos a democracia é compreendida como um instrumento de ratificação do eleitorado a políticas previamente definida pelas elites.

O que conduz ambos os povos a percepções tão diferentes sobre uma mesma palavra na visão de Chomsky não pode ser objeto deste texto, em primeiro lugar pela patente falta de preparo deste autor e também por que mais que se ligar à origem do fenômeno é objetivo aqui destacar as relações entre essa percepção diferenciada e a atual crise política brasileira.

Apesar das diferenças de percepção a prática democrática nos dois países não é tão divergente, é por demais similar, embora seja difícil comparar a participação do eleitorado no Brasil, cuja legalidade democrática foi limitada por inúmeros golpes de Estado que estabeleceram longos períodos de excessão ao longo de pouco mais de um século de república em comparação com a estabilidade legal da instituição republicana nos Estados Unidos.

O eleitorado brasileiro não participa, seja diretamente ou seja por representação, na definição de políticas ou nas ações do governo, mas acredita que deveria participar, que está em falta para com a nação e que a nação está em falta para com ele, uma dissonância entre teoria e prática, que acaba por levar à prova constante das instituições.

A elite brasileira, que vive entre o desejo dos resultados da economia dos EUA e o requinte e a sofisticação européias, sabe muito bem que o que lhes interessa é o conceito de democracia ali vigente, embora não saiba exercer com a competência necessária o modelo de propaganda da elite daquele país.

Para o brasileiro, povo ou elite, a crise política é previsível e, por isso, não choca. O eleitorado têm consciência que os políticos não os representam e que utilizam a máquina estatal em seu próprio benefício. A população convive com a corrupção política no município, sempre há alguém na comunidade que até participa de um ou outro esquema.

A população sabe que o sistema é podre, mas está de certa forma tão comprometida com o sistema, uma vez que nas cidades pequenas do interior todo mundo quando não é primo, é vizinho, que não se vislumbra uma alternativa plausível.

De um lado o executivo federal está distante do eleitorado, não é percebido enquanto uma continuidade do poder local e de fato não o é, então Lula aparece convicente na TV, ao mesmo tempo moderado e bonito, um grande símbolo da luta pela democracia e um herói do povo. O poder local não tem como neutralizar sua eleição.

Do outro, os deputados federais, embora também estejam distantes da população, são anônimos, não são grandes heróis, talvez por isso a escolha do eleitor possua um vínculo mais forte com o poder local.

O poder local estabelecido, no município ou no bairro, tem mais força para eleger os deputados de seu interesse que para eleger o presidente de seu interesse, pois o deputado é apresentado como amigo do município e não como representante de um determinado pensamento e é como amigo do município ou do bairro, da comunidade ou da igreja que a maioria dos deputados são eleitos.

O eleitorado tem dificuldade de reconhecer o partido, de perceber o que uma sigla ou outra significam e, se a nível nacional existe alguma noção de partido, a nível local, municipal, os partidos servem de legenda momentânea às famílias tradicionais, à elite local.

Talvez um reflexo dos suscessivos períodos de excessão vivenciados no Brasil, os partidos brasileiros são frágeis, são instituições novas, o PT, partido do Presidente da República, está comemorando 25 anos, ou seja, o partido do governo é mais jovem que a maioria dos eleitores.

O grande problema do PT para o establishment é que seu discurso é o de aproximar o exercício democrático da percepção de democracia no Brasil e nos municípios menores as administrações petistas acabam por instituir práticas como o orçamento participativo com sucesso, o que não interessa aos poderes estabelecidos.

Para as elites o Lula na presidência não atrapalha, mas deixar que o PT se fortaleça com o Lula pode criar a idéia de que votar no PT é votar no Lula, de que votar no candidato do PT no município é conferir mais poder ao Lula, então a elite teme que que se o PT governar mais municípios, vai haver mais gente acreditando que pode participar do governo e isso é um risco verdadeiro para as elites.

É por isso que é necessário enfraquecer o PT, encabular o militante local, aquele que acreditava na idoneidade do partido, que atribuia ao partido a mesma honestidade que a si próprio, que não vai ter mais a mesma garra na próxima eleição, assim o PT pode até levar alguns governos de estado, até o presidente mas não leva muitos deputados estaduais ou federais na próxima eleição, que seriam oficiais importantes para as pequenas batalhas municipais das eleições de 2008, quando o plano petista realmente poderia ser considerado consolidado.

O Lula então não cai, mas o projeto petista para o Brasil se esfacela em 2005, para o PT chegar à presidência sem construir uma base de sustentação foi a emenda que destruiu o soneto. O PT conseguiu manter os anéis e perder os dedos, pois sai com seu símbolo maior quase intácto, mas com seu corpo esfacelado.


CHOMSKY, Noam. Necessary Illusions: Thought control in democratic societies. South End Press. Boston, MA. 1989.

29.7.05

Criança Esperança: indulgências e missionários

Há certa perversidade em se debater algo como o programa Criança Esperança, uma parceria entre a Rede Globo, o Unicef e, agora, a Unesco. De forma ampla também da Igreja Católica no Brasil, através principalmente da pastoral da criança, e de um número grande de associações beneficiadas com o dinheiro obtido com as doações do público.

A vigésima edição do programa está em seu momento de capanha para a doação de recursos para o exercício de 2006, capanha que se iniciou no último final de semana e prossegue até o dia 20 de agosto. O programa de lançamento da campanha contou este ano com duas apresentações, uma sábado à noite e outra no domingo à tarde.

A diretoria comercial da emissora, que vende a publicidade para o programa de forma isolada, comemora que "em 2004 o resultado de audiência e share foi superior a somatória de toda a concorrência", uma vez que "os mais variados programas da TV Globo estarão envolvidos nas comemorações, do jornalismo à teledramaturgia, reforçando a campanha para superar o recorde de arrecadação ocorrido em 2004: R$ 16,1 milhões."

Sem dúvida o programa merece crédito, apesar do número limitado de crianças e adolescentes atendidos por estardalhaço de caráter nacional: são apenas três milhões atendidas por ano de um universo de cerca de 15 milhões com renda família inferior a 1/2 salário mínimo por pessoa, ao menos no aspecto mercadológico da solução.

Os números gerais espantam quem está acustumado com as finanças de pessoa física, mesmo aqueles com situação financeira confortável, mas o que mais impressiona é a habilidade para produzir resultados tão eficientes com tão poucos recursos, uma vez que se for dividido o total arrecadado em 2004 (16 mi) pelo total de crianças atendidas (3 mi), chega-se à proeza de transformar a realidade de uma criança com a módica quantia de cinco reais por um ano inteiro de atendimento.

A perversidade, no entanto, de se abordar o debate sobre o Criança Esperança, é equivalente a revelar à criança que o Papai Noel é apenas uma doce ilusão, boa para recordar dos tempos de infância, boa para se reviver com os filhos, que um dia atentam para a letra da música que cantam tão alegres: "eu pensei que todo mundo fosse filho de Papai Noel, com certeza já morreu, ou então, felicidade, é brinquedo que não tem", então o sonho se desfaz.

Para começar de leve basta comparar os recursos arrecadados com o programa (16 mi), de pessoas físicas e jurídicas do Brasil todo para causa tão "nobre" com a mais conservadora das estimativas de recursos aportados pelo capital privado e pelo capital estatal para a corrupção (dezenas de bilhões), não apenas no mensalão, como em outros esquemas em vigência apenas no exercício de 2005, que não é ano de eleição.

Tal constatação, no entanto, não deixa de representar também um alívio, afinal, apesar de bilhões de reais serem gastos anualmente com corrupção, ao menos uma pequena quantia transforma a vida de tantas crianças no Brasil, segundo o programa, ou seja, há esperança, como é necessário que exista.

O programa funciona como um serviço de venda de indulgências, onde o brasileiro de classe média pode comprar seu perdão por seu pecado quotidiano, composto, no mínimo, de omissão severa diária diante do sofrimento alheio, especificamente no caso do Criança Esperança de pessoas aceitas como inocentes.

Todo ano milhões de pessoas pagam uma pequena prestação de seu lugarzinho no céu, ao lado dos homens de boa vontade, e das mulheres também, claro. Desde que inventaram o Criança Esperança, há 20 anos, São Pedro precisa construir conjuntos habitacionais na periferia do paraíso. De tanta gente que chega lá com uma carta de crédito tão michuruca, só mesmo pré-moldado de nuvem para resolver.

À época da colonização eram os missionários jesuítas que vinham, com toda sua fé, com toda sua crença de estarem conduzindo os nativos do lugar que hoje se chama Brasil à salvação, adestrar os índios brasileiros, vivenciaram inúmeras privações para levar a cabo sua missão, embora desconhecessem qual realmente era.

Hoje, são milhares trabalhando nas ONG, associações sem fins lucrativos que reunem profissionais e amadores, remunerados ou não, empenhados na tarefa de salvar os trobriands, servindo à sociedade em disciplinar os potenciais marginais do sistema, em adestrar crianças e adolescentes para a moral do trabalho, para que não formem no futuro bandos perigosos vagando ociosos pelas cidades e destruindo a paz tão almejada, aquela que dos malvadinhos "pedindo a paz sem oferecer nada em troca."

O importante, ao final, é manter viva a esperança nas crianças, como em um conto de fadas que encontrou seu leitor depois de ser expurgado da biblioteca de um grande e tradicional colégio de Fortaleza (CE): "A fada compreendeu por que era importante, para os mágicos, os meninos terem esperança. A esperança é uma coisa que sempre espera e nada faz."

(...)

Acordou pela manhã, feliz como aluno em recreio, e saiu só, sem rumo, rua adiante. E ao primeiro menino ofereceu seus poderes.
- Não - disse o menino. - Quero aprender a ler e escrever na escola. Ontem - continuou ele - um colega aprendeu sozinho e foi levado pelos doutores para tratamento em hospital. Eles disseram que ele sabia mais do que devia. Não sei o que farão com ele. Talvez tome injeção de esquecimento. Com isso, fiquei com medo de saber.

(...)

De repente, uma voz de menina murmurou com medo:
- Eu quero uma cama para dormir. Sem cama não posso ter sonhos.
Os meninos calaram...
A fada, assustada, olhou no coração da menina e viu a esperança balançando.
Com gesto preciso, fez surgir, no centro da praça, uma cama de madeira polida e mais um colchão de algodão macio.
- É sua - disse a fada.
A menina, olhando de longe e com medo daquela verdade, respondeu:
- Não quero mais. Não tenho casa para guarda a cama.
A fada, sem vacilar, continuou seu trabalho, fazendo nascer, no meio da praça, uma casa, com janelas para os quatro cantos do mundo! E, dentro da casa, a cama.

(...)

No meio da brincadeira que os meninos viviam, foram aparecendo magicamente: o banqueiro, o industrial, o economista, o arquiteto, o deputado, o professor, o padre e o delegado.
Sem reparar na alegria dos meninos, o prefeito discursou:
- Senhores, a praça foi feita para o povo pensar a esperança. Não posso deixar esta casa plantada no meio dela. Como representante legitimo do povo, mandarei destruí-la.
O banqueiro perguntou ao industrial:
- Como a casa foi construida, se ninguém me pediu dinheiro emprestado?
O industrial respondeu:
- Seu material de construção não foi comprado na minha indústria. É contrabando.
O economista disse:
- Não fui consultado sobre os preços da construção.
O político discursou:
- Minha gente, eu não usei minhas Medidas Provisórias.
O arquiteto contou que não recebeu nenhuma encomenda do projeto e o professor lamentou a falta de cultura do povo.
O padre apenas rezou:
- Santo deus!
E o delegado, que tudo ouviu, apenas ordenou aos soldados:
- Prendam imediatamente a pessoa que desobedeceu à lei.

(...)

A fada compreendeu por que era importante, para os mágicos, os meninos terem esperança. A esperança é uma coisa que sempre espera e nada faz.

(...)

Maria foi levada para a sala de interrogatório. Assentou-se diante do delegado e ouviu a seguinte sentença:
- Fada não é nome nem sobrenome. Entrou na cidade sem passaporte, sem carteira de identidade, sem carteira profissional, sem título de eleitor, sem cartão de crédito e CPF. Não tem endereço de residência nem CEP e diz ter como profissão realizar desejos. Não é filiada a nenhum sindicato e ensinou menino a ler e escrever sem técnica de professor. Construiu casa sem empréstimo, avalista e projeto, em lugar proibido. Falou mal da esperança. Contou segredo no coração dos meninos. Sorriu no momento da prisão, desrespeitando as autoridades. Com certeza, não foi informada de que vivemos numa democracia. Por tudo, Maria do Céu é culpada e permanerá presa até que se prove em contrário.

(..)
QUEIRÓS, Bartolomeu Campos. Onde tem bruxa, tem fada...
Editora Moderna. São Paulo, SP. 1995. 76a. Edição.
Ilustração de Mario Cafiero.

28.7.05

Que rufem os tambores...

Inicie-se a publicação de textos de caráter e responsabilidade estritamente individual e de cada autor neste blog, com o objetivo de se iniciar o exercício de formação do corpo editorial da Esfera Pública.

Esfera Pública é o nome de uma revista em projeto, que avança em mais uma etapa. É preciso alertar que não se trata de um nome original, mas de uma apropriação da tradução possível e limitada do conceito de Habermas, intelectual contemporâneo, originalmente escrito como Öffentlichkeit, que de maneira simultaneamente simplória e simplista resume-se em um local de disputa entre princípios divergentes, de defesa dos interesses dos mais diversos atores.

A Esfera Pública de Habermas se constitui em instância de deliberação e legitimação do poder, é um espaço de mediação entre o campo das relações privadas e o Poder Público. Espaço independente do Estado, que tem como objetivo principal discutir racionalmnete questões de interesse privado que, por sua relevância, ganham conotação política.

A revista não se pretende a materialização do conceito de Esfera Pública, que jamais poderia ser resumido a uma revista. Apropriar-se do nome para este veículo é feito sob licença poética. Uma ousadia, uma utopia talvez.

Uma vez que o objetivo deste exercício é a convergência em uma revista, assim é importante que a prática tente convergir para isso, mas como é um exercício, então há flexibilidade maior que se fosse na revista em si, que já deve em si ser flexível, já que se pretende experimental.

Os textos aqui publicados o são para serem criticados, seja por colaboradores, seja por qualquer visitante que por aqui desemboque, oriundo de qualquer afluente. Os comentários devem ser dirigidos preferencialmente apenas ao texto, às idéias ou à estrutura do texto. Seja o texto em forma de prosa, poesia, ilustração, arte. Seja de gênero jornalístico, literário, artístico ou científico, categorias não ecludentes e nem suficientes.

Tem-se o objetivo de formar o corpo da revista, isso não significa que a revista será a soma de tudo que for aqui publicado, apenas o que aqui for publicado e permanecer sendo publicado servirá de baliza para compreender o que será a revista. Experimental não será aqui sinônimo de laissez-faire.

Então, caso perceba necessário e inevitável, neste momento provisório, eu atuarei com pesar de forma autoritária e representarei o papel de editor chefe deste veículo, pois arbitrariamente ainda não considero formado um coletivo suficiente para o seu feitio.

12.7.05

Lançamento Esfera Pública

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Fortaleza, 5 de julho de 2005

Carta aberta à comunidade,

Preliminarmente gostaria de destacar que sei que nem todos são do jornalismo, da publicidade ou tem interesse em artes ou comunicação, mas quem sou eu para decidir isso para cada um de vocês?

Sendo assim, envio para todos e peço que aqueles que se determinarem em recebimento indevido desta mensagem, apenas me avisem, e procurarei não mais os incluir nas mensagens referentes à Revista Esfera Pública.

Alguns colegas já estão por dentro, alguns mais que outros, de que estamos iniciando o projeto de uma revista experimental alternativa eletrônica semanal, que talvez durante a fase beta seja ainda mensal.

Alguns podem pensar que deveria ser segredo o lançamento de uma nova revista, mas não temos como trabalhar em segredo se queremos que seja um projeto participativo e plural. Eu gostaria de adicionar a palavra democrático ou libertário, mas não estou certo ainda de que seremos capazes de honrar tais conceitos em nossa praxis, desejo que sim, mas essa será certamente razão de grandes debates entre os colaboradores.

Vários colegas já se manifestaram interessados em colaborar das mais diversas formas e vamos precisar de todas essas colaborações. Precisaremos de jornalistas, de publicitários, de designers, de artistas, de cronistas, de articulistas, de amigos, de leitores e, bem, quem será capaz de determinar quanta colaboração será necessária?

Estou enviando esta mensagem com o objetivo de formar o coletivo de sustentação do projeto, desejo marcar uma primeira reunião com o máximo de interessados possível e para que isso se torne possível, peço que aqueles que tiverem interesse verdadeiro em participar do projeto Esfera Pública, que me enviem resposta com urgência.

Atenciosamente,

Leonardo Ruoso

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