Plínio Sampaio, outrora um dos principais intelectuais do PT, afirmou ao Jornal da Cidade, de Bauru (SP), que "o Lula é mais benevolente com o sistema financeiro que o governo anterior", mas detacou que acredita numa diferença substancial.
Para ele há uma diferença de princípios, pois o governo FHC "acreditava nisso", enquanto o governo atual teme romper com o esquema existente e "criar uma situação que possa afetar o povo".
Plínio é candidato à presidência do PT pela Ação Popular Socialista, espécie de esquerda interna do PT, e defende a organização e a mobilização dos movimentos sociais a partir de suas convergências e não de suas divergências.
O candidato defende que o PT chegou ao governo, mas não ao poder e que o governo Lula é, na verdade, uma ilusão, um símbolo construído a partir de lutas verdadeiras, nascidas na década de 70, mas que abandona a organicidade popular para vencer às eleições.
Será possível o PT se reconstruir a partir do depoimento de hoje do propagandista ( resistência pessoal do autor ao termo 'marketeiro', que rejeita corroborar que política seja mercado) Duda Mendonça mesmo que seja eleito em setembro uma cúpula de esquerda?
Como firaria o governo Lula se fosse formada uma cúpula de esquerda em seu partido, principal partido da situação, uma vez que no Congresso a destruição dos quadros pelos erros do passado e do presente impressiona?
Plínio Sampaio tem, nesse momento, uma atitude quase heróica ao se candidatar à presidencia do PT, tamanha a ousadia de pensar reunir novamente a diversidade que formou o partido no passado e que foi esfacelada pela ditadura da maioria, o "Campo Majoritário" e a "Articulação".
Qualquer que seja o novo PT, ou que novo partido passe a representar os anseios dos trabalhadores e da povo brasileiro, é importante que se aprenda com os atuais erros do PT, não apenas com os síntomas, mas com suas verdadeiras origens.
Que democracia pode verdadeiramente transformar o status quo?
A democracia jamais será capaz de transformar, a democracia é somente capaz de alterar a personagem e não a estrutura...
ResponderExcluirCaro amigo:
ResponderExcluirFiquei pensando em uma resposta coerente para te dar...
Mas sabe?
Ainda não achei nenhuma coerência no que está acontecendo.
Sempre votei no PT
Acredito e anseio por uma sociedade mais justa no Brasil, nem é preciso falar o porquê...
Mas aquilo que acreditava, hoje está suspenso...
Ontem voltando de uma festas, minhas filhas me perguntaram:
- Mãe qual o partido hoje que você acredita que está mais honesto de se votar?
É claro elas tem 17 anos e estão pensando o que fazer com seu voto.
O que dizer neste momento?
Que PT é este que tem uma “esquerda”?????
Então supõe-se que nele existe uma “direita’????
O PT era em sua essência um partido de esquerda.
Quem são os petistas hoje?
Respondi às minhas que também estou em crise de valores assim como a política no país.
Não, não é neste PT que sempre votei, ou melhor, assim como a mãe não quer ver o defeitos dos filhos, acho não quis acreditar que este PT para chegar ao poder vendeu a alma pro diabo:
Daí minha filha me corrigiu:
- Não, mãe deu “mensalão” para os diabos...
Até ela vê isso...
Pensei também, será que para mudar o país a única forma é o poder?
Acho que o poder afastou o PT de seu papel principal, as necessárias mudanças, no chão mesmo (ali porta a porta), que este país ainda precisa.
Durante a tempestade o melhor a fazer é ficar quieto dentro do barco.
Talvez temos uma grande lição, a melhor forma de se fazer política aqui no Brasil verdadeiro, que ainda é muito injusto socialmente, seria estar ainda bem longe do poder, ainda temos muita coisa para ser mudada neste país que o poder tornar distante...
complementado
ResponderExcluirMercadante hoje:
"se for pra ser este PT, melhor sair"
concordo
perdeu-se a essência
talvez não exista mais um PT possível...
infelizmente
as coisas vão ter que ser reconstruídas e talvez seja a hora de se pensar: como?
penso hoje:
repensar algo que não inclua o poder, se der...
O poder corrompe. O poder absoluto corrompe absolutamente...
ResponderExcluirNesse ponto vou adotar uma postura Foucaultiana: não podemos enxergar o poder como sendo uma relação de classe, dominante x dominado ou Estado x cidadão. O poder é uma téia dispersa, diluída em relações existentes entre todas as pessoas...
ResponderExcluirO imáginário coletivo contempla espaço para um (1) salvador, alguém que se destaca dos demais e é 100% bom, isso pode ser visto como um problema para a construção de um coletivo, mas está presente e precisamos buscar soluções para essa questão: o poder absoluto benígno está no imaginário hegemônico, é uma esperança presente, constante, permanente e não é exclusividade brasileira...
A democracia pode transformar tudo que queira. Somente a democracia pode construir e desconstruir poderes. O problema são os democráticos no uso desses poderes.
ResponderExcluirO povo democraticamente elege, mas os eleitos se corrompem democraticamente tbm, ou seja, por livre escolha.
O problema está nas estruturas construídas. O Brasil historicamente se sustenta por bases de negociação. Sua independência foi negociada. Precisávamos de uma revolução.
Mas, assim a história se fez ...
O PT tentou. Mas, parece que muitos só negociam por mensalões e todos são democraticamente escolhidos.
Triste o país que necessita comprar o seu desenvolvimento! Triste o Congresso que precisa comprar suas reformas!
Mas, o que fazer agora?
Apostar que o dever de cada cidadão ainda é lutar por uma moralidade que não pode ser vendida
Pouco me importa se o PT será re construído ou outro partido será inaugurado, o que me importa é saber quantos cidadãos brasileiros são capazes de não serem corrompidos frente a cultura política de agora???
E assim, quem sabe, os sobreviventes desta epidemia (corrupção) não continuam a lutar pela justiça e dignidade?
Quantos de nós nos inserimos nessa diferença?